SBPC em todo o Brasil
Blog dos candidatos à diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, no biênio 2011/13. Por mais Ciência, Educação e Cultura
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Resultado das eleições
- Dora Fix Ventura e Ennio Candotti, como vice-presidentes;
- Edna Castro e Maria Lucia Maciel, como secretárias.
Os eleitos reiteram seu compromisso com os 70 pontos sugeridos para um Programa de Ação da SBPC.
Leia a última mensagem dos envolvidos na campanha SBPC em todo o Brasil:
"Concluídas as eleições, contados os votos, eleitos Helena, Ennio, Dora, Rute, Edna, Luca, Aleixo, Zé Raimundo e Adalberto, resta agradecer a todos os que se empenharam em apoiar os candidatos, ler programas, assinar manifestos e recordar ideias e princípios. Diretrizes, metas e compromissos não faltam, escritos ou e-postados.
Uma decepção: somente 1.500 dos 3.800 sócios quites votaram! Apesar dos numerosos apelos e dos escritos que circularam, poucos responderam.
Curioso, a SBPC é uma Sociedade que congrega seus associados em torno de ideais. Todos, em princípio, imaginamos que deveriam estar motivados a participar. Não foi isso que ocorreu.
Entender é preciso. Devemos reencontrar o diálogo com a maioria dos sócios que não expressou seu voto. É mais um compromisso para o próximo biênio.
Por outro lado, o grande número de sócios e amigos que subscreveu o nosso manifesto e o manifesto de Helena revela que temos, os eleitos, uma torcida numerosa e determinada... Que nos observará e cobrará os compromissos assumidos. Isso é bom, não deixará ninguém 'dormir no ponto' e cimentará o dialogo solidário entre os eleitos."
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Cum grano salis
Concluímos nossa campanha, apresentamos ideias, propostas concretas e defendemos princípios. A própria SBPC esteve no centro do debate: sua política de C&T e suas responsabilidades sociais.
A descentralização, a sua presença em todo o Brasil orienta nosso programa. A SBPC se empenhou nas últimas décadas para que a interiorização das instituições de C&T e de Ensino Superior fosse um programa de Governo.
Queremos agora participar de sua implementação cum grano salis. Esta é uma das nossas propostas, há mais dez.
Agradecemos agora aos associados e conselheiros que nos indicaram como candidatos, aos sócios e sócias que votaram em nós (ou que estão prestes a fazê-lo) e aos mais de 400 que assinaram o nosso manifesto, assim como a todos os que debateram conosco os 70 pontos no extenso programa que publicamos neste blog (leia aqui).
Subscrevem o Programa SBPC em Todo o Brasil: Luiz Pinguelli Rosa, candidato a presidente; Dora Fix Ventura e Ennio Candotti, candidatos a vice-presidentes; Edna Castro, Gustavo Lins Ribeiro, Maria Lucia Maciel e Sérgio Bampi, candidatos a Secretários.
Pesquisadores apoiam campanha
O movimento "SBPC em Todo o Brasil" já recebeu centenas de manifestações de apoio. Entre aqueles que firmaram nosso documento base (leia aqui), estão:
Lygia da Veiga Pereira
Carlos Morel
Roberto Lent
Carlos Nelson Coutinho
Maria da Conceição Tavares
Hélgio Trindade
José Vicente Tavares dos Santos
Aloísio Teixeira
Darcy Fontoura de Almeida
Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant'Anna
Barbara Freitag Rouanet
Reinaldo Guimarães
Luís Roberto Cardoso de Oliveira
Alfredo Tiomno Tolmasquim
Ima Vieira
Marilene Correa
Alberto Passos Guimarães Filho
Cesar Guimarães
Maria Celia Pires Costa
Dulce Pandolfi
Alzira Alves de Abreu
José Sergio Leite Lopes
Miriam Grossi
Rita Mesquita
Heloisa Buarque de Hollanda
Sidarta Ribeiro
Stevens Rehen
Luiz Bevilacqua
Mauricio Tiomno Tolmasquim
Maria Filomena Gregori
Ligia Bahia
Alfredo Wagner de Almeida
Wanderley de Souza
Armenio Aguiar
Ruben Aldrovandi
Apoie também a campanha:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=20112013
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Descentralizar é o futuro que pode começar hoje
Estamos concluindo nossa campanha, que apresentou ideias e propostas concretas. Esperamos ter contribuído para debater a própria SBPC, seus rumos políticos e suas responsabilidades científicas e sociais.
Luiz Pinguelli Rosa – candidato a presidente
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Carta de Apoio ao veto dado pela Presidente Dilma às mudanças no Código Florestal
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira da Ciência (ABC) se uniram para pedir mais tempo para que dados cientifícos corroborem mudanças na atual lei. Elas afirmaram que não foram convidadas a participar do debate, iniciado em 2010, na comissão montada para elaborar um projeto de lei."
* Trecho da matéria publicada no Jornal O Globo, 20/05/2011, por Catarina Alencastro
Confira abaixo a carta na íntegra
terça-feira, 24 de maio de 2011
A SBPC internacional
Nosso planeta é uma casquinha de noz, atolada entre insanidades e esperanças.
E muita gente, pública e privada, insiste em tratar o contraditório planeta como se fosse de ferro, infinito, normal, responsável e pudesse suportar toda a insensatez humana. Acontece que esse vasto mundão velho de guerra, cada vez mais mundinho, nunca esteve tão a perigo na história da nossa espécie quanto está hoje. A saída, onde está a saída?, berram corações e mentes.
Edgar Morin acaba de lançar um livro, tratando de buscar “a via capaz de salvar a humanidade dos desastres que a ameaçam”. Para mostrar otimismo já de cara, recorre a Patrick Viveret: “A humanidade por si própria é, ao mesmo tempo, seu pior inimigo e sua melhor chance”.
Não é sorte, portanto, nem fé, nem certeza. É apenas chance. Creio que Morin está certo: “A gigantesca crise planetária é a crise da humanidade que não chega a ascender à humanidade”. E o que é pior: “Os bárbaros, inimigos da humanidade, estão hoje em atividade eruptiva”. E eles não são necessariamente fundamentalistas apenas do Oriente Médio. Há fundamentalistas ainda mais poderosos no proclamado Ocidente democrático e/ou na decantada civilização judaico-cristã.
Mesmo assim, ou por isso mesmo, ainda temos chance. É um alívio, sim. Mas vamos ter que ralar muito para aproveitá-la ainda em tempo.
A SBPC, comprometida com a inteligência humana, a ciência e o conhecimento expresso em diferentes culturas, não pode ficar alheia a um momento crucial da vida da Terra com toda essa riqueza de culturas, tradições, avanços e potencialidades que há dentro de sua invejável redoma de solos, subsolos, biodiversidades e atmosfera, aparentemente única no universo.
Há, pois, que pensar grande – política, econômica, científica, cultural e ambientalmente. Nossa condenação é, ao mesmo tempo, nossa salvação.
Não se trata de trocar o Brasil pelo mundo, mas de colocar o Brasil no mundo e o mundo no Brasil, sempre e cada vez mais, e respeitando invariavelmente “o laço indissolúvel entre a unidade e a diversidade humana”, como bem recomenda Morin.
Não é assim que se galga um piso superior de humanidade?
Precisamos nos tornar uma bela e competente coleção de sopros e até de minuanos, se possível, reforçando os ventos das mudanças globais indispensáveis, sobretudo no acesso ao conhecimento pelo mundo inteiro. E pela aplicação da Carta das Nações Unidas que, por exemplo, proíbe o uso da força para resolver qualquer litígio entre os países.
Quantos milhões de vidas as desigualdades, discriminações, injustiças e arbitrariedades já destroçaram em todos os meridianos nos últimos 20 anos, para não ir mais longe?
Podemos e devemos desenvolver ampla política de cooperação regional e global, pacífica e construtiva. Nossa congênere nos EUA, a American Association for the Advancement of Science (AAAS), vem trabalhando com a diplomacia da ciência. Por que não estabelecer uma colaboração SBPC-AAAS neste campo de tolerância, compreensão e equidade?
A SBPC já tem grata experiência nas relações regionais. Nos anos 70, enfrentou a questão nuclear, junto com físicos argentinos. Nos anos 80, antecipou-se aos acordos Brasil-Argentina, aproximando as comunidades científicas dos dois países e ajudando a criação em Buenos Aires da “Ciencia Hoy”, coirmã da nossa “Ciência Hoje”.
Em 2004, começamos os Encontros Regionais “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), na área do Mercosul, mais o Chile. Já houve cinco: dois na Argentina, dois no Uruguai e um no Brasil. Todos estimulando a cooperação em pesquisas de interesse comum em pós-graduação, biotecnologias, nanotecnologias, águas subterrâneas, oceanos, geologia, divulgação científica, ciências sociais, atividades espaciais.
Um dos grandes resultados de tais eventos foi a criação do Centro Brasileiro-Argentino de Nanotecnologia, proposta pelo Celso Melo (ex-diretor do CNPq e hoje presidente da Sociedade Brasileira de Física) já no primeiro evento, o de 2004.
O 6º Encontro deve realizar-se na Argentina, no fim do corrente ano. Que assim seja.
Se a experiência foi tão boa, por que não fazer o mesmo na região Norte, promovendo intercâmbios com Bolívia, Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Guianas e até a Guiana francesa?
Por que não participar ativamente do esforço pioneiro da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), estrategicamente sediada em Foz do Iguaçu, e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), novo instrumento para alavancar a aliança continental?
Por que não apoiar fortemente a moderização do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e seu acordo de cooperação com a Argentina, aberto a todos os países da América Latina?
Por que não apoiar o Programa Latino-Americano de Física, lançado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), com o prometido amparo do Ministério da Ciência e Tecnologia?
Por que não apoiar a cooperação Sul/Sul em CT&I, em especial com China, Índia, África do Sul e demais países africanos – em particular com os de língua portuguesa. Por que não manter contatos com os pesquisadores e tecnólogos desses países, em nível de comunidade?
Por que não propor e levar adiante programas de cooperação com entidades similares dos EUA, Europa e Ásia, que fomentem e enriqueçam as relações entre nossos países em áreas essenciais para o nosso avanço em CT&I?
Por que não entrar de cabeça na epopeia, já iniciada, da internacionalização da atividade científica e tecnológica do Brasil, conscientes e ativos na defesa dos legítimos interesses do país?
Por que não apoiar com firmeza a entrada no Brasil na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) e na Organização Europeia de Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral (ESO), que com certeza mudarão o patamar da ciência feita em nosso país?
Claro, não é fácil implementar tamanha programação. Por isso, precisamos, aqui também, da descentralização. Podemos compor uma grande e competente equipe de relações internacionais, com grupos especializados para atender diferentes regiões do mundo. Uma possibilidade é mobilizar pesquisadores, professores e estudantes dos cursos de Relações Internacionais, Direito e Economia Internacional, que hoje proliferam em todo o país.
Seria uma novíssima frente de trabalho, plena de atualidade, estudos, tensões e práticas sem precedentes, em perfeita sintonia com a intensíssima globalização atual e com as derradeiras oportunidades de transformações neste decisivo século XXI – justo aquele que nos tocou viver.
Vamos perder uma chance dessas?
Com toda essa esperança, subscrevo o manifesto “SBPC em todo o Brasil, por mais ciência, educação e cultura”, ao lado de Luiz Pinguelli Rosa, candidato a Presidente; Dora Ventura e Ennio Candotti, candidatos a Vice-Presidente; Maria Lucia Maciel, Edna Castro, Sergio Bampi e Gustavo Lins Ribeiro, candidatos aos cargos da Secretaria.
Campanha SBPC em Todo o Brasil
Além delas, manifestaram pessoalmente ao prof. Luiz Pinguelli Rosa apoio à candidatura à SBPC os seguintes nomes:
José Goldemberg - USP
Rogério Cerqueira Leite - UNICAMP
Wanderley de Souza - UFRJ
Nelson Maculan - COPPE/UFRJ
Luiz Bevilaqua - COPPE/UFRJ
Para assinar o manifesto, clique aqui.
Mande também seu apoio via e-mail: sbpcemtodobrasil@gmail.com