2. Apoiar a criação e consolidação de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e instituições de ensino superior nas diferentes regiões, bem como promover o intercâmbio e a cooperação entre eles.
3. Em colaboração com as Sociedades Científicas, dar aos jovens condições para, ao se instalarem nestes novos centros, criarem grupos de pesquisa e trabalharem para o desenvolvimento científico e tecnológico nacional e regional.
4. Defender a criação ou consolidação das FAPs; apoiar a participação da comunidade científica
5. Incentivar a pesquisa nos laboratórios ambientais da sócio e biodiversidade, rios, lagos, florestas e oceanos.
6. Reformar a legislação e liberalizar o acesso e coleta na biodiversidade com vistas a permitir e incentivar o avanço do conhecimento e da educação ambiental.
7. Lutar pela autonomia e desburocratização na universidade e institutos.
8. Ampliar a formação de professores e a abertura das escolas à sociedade, promovendo educação continuada de adultos e cidadãos.
9. Promover Reuniões Regionais, entendidas como laboratórios de educação, e colher informações para dar apoio à fixação dos jovens doutores e grupos de pesquisa no interior.
10. Popularização da ciência: promover a criação de museus e centros de ciência, programas de TV e rádio e revistas de divulgação científica, Jardins Botânicos e Parques Zoobotânicos.
11. Consolidar as publicações da Sociedade: Ciência e Cultura, Jornal da Ciência eletrônico e impresso no Rio e filiais, manter atualizado o site www.sbpcnet.org.br, a publicação de cadernos sobre temas específicos e resumos dos debates das Reuniões Anuais.
12. Obedecer a princípios éticos dos direitos humanos e o respeito à diversidade, cultural e social.
13. Reerguer as Secretarias Regionais com a participação dos conselheiros, promovendo com elas a articulação das atividades da SBPC nos Estados e a interlocução com os movimentos sociais.
14. Manter uma representação permanente no Congresso e uma atuação dinâmica no Conselho Nacional de C&T, subsidiadas por escritório de apoio em Brasília.
15. Criar um Observatório da C&T e um SBPC Data, com a missão de monitorar orçamentos da C&T, FAPs, empregos em instituições de ensino superior, cooperação nacional e internacional, atuação e cooperação das Sociedades Científicas.
16. Retomar e ampliar o Projeto memória da SBPC e da institucionalização da ciência no Brasil.
17. Promover a cooperação com as Sociedades Científicas na Reunião Anual e nas Reuniões Regionais.
18. Estimular a cooperação com China, Índia, Rússia, América Latina, África etc. e sociedades científicas congêneres destes países.
I – C&T
20. Os recursos cresceram, a economia cresceu também, verifica-se hoje ligeiro retrocesso: os ajustes orçamentários da economia exigem sacrifícios, o orçamento da C&T foi reduzido.
21. Com o reequilíbrio da economia, será preciso retomar as negociações do orçamento nos níveis previstos para 2011. Os programas cancelados (por conta dos cortes) devem ser examinados, evitando-se reduções lineares.
22. Preservar o propósito de atingir a meta dos 2% do PIB para C&T, pois há atrasos históricos a recuperar e a competição internacional o exige.
23. Três fatores, pelo menos, contribuem para desenvolver o país: a) consolidação das instituições científicas; b) formação acelerada de recursos humanos na graduação e pós-graduação; c) desburocratização do ordenamento administrativo do governo.
24. O desenvolvimento depende também de entendimento social que propicie educação, distribuição de renda e defenda com rigor os princípios dos direitos humanos, em todos os níveis e classes sociais.
26. Indicadores internacionais e locais da C&T mostram crescimento veloz da produção científica e tecnológica, mas os da educação estão estagnados em patamares modestos (vergonhosos).
27. É difícil encontrar formas de contornar os obstáculos que impedem o desenvolvimento da educação (além dos salários e da formação de professores). Faltam instrumentos estaduais flexíveis e seletivos para o fomento da educação (que é responsabilidade estadual), como FAPs e CAPES para a educação básica (A CAPES do B ainda não disse a que veio).
28. Há que reformar a ordem burocrática, que na área acadêmica e científica mais se assemelha a um sistema de vigilância e cerceamento, tanto nas universidades como nos institutos.
30. Grande número de novos pesquisadores, recém-formados e doutorados, devem construir sólidas bases de desenvolvimento científico e tecnológico nas regiões situadas fora dos pólos de desenvolvimento científico no centro sul.
32. As FAPs são um bom instrumento para promover estabilidade e continuidade dos programas de desenvolvimento científico nos estados. Sua autonomia deve ser defendida.
33. As FAPs e os orçamentos carecem de acompanhamento e divulgação e mobilizações em defesa do cumprimento dos dispositivos constitucionais conquistados em início dos anos 90 com a inclusão nas Constituintes estaduais de dispositivos que garantem a elas repasses vinculados de recursos.
34. Fundos Setoriais: há dez anos não se criam novos fundos. Já foram propostos os fundos do sistema financeiro, transportes urbanos, saneamento, recursos aquáticos (considerando a água como insumo mineral e energético), automotivo, ocupação urbana, construção civil.
II – MEIO AMBIENTE
35. O cuidado com o meio ambiente deve ser associado à melhoria da qualidade de vida da população local. Deve-se evitar que ações de origem antrópica provoquem a deterioração dos ambientes, do ar e das águas interiores, subterrâneas e oceânicas.
36. Considerando que mudanças climáticas vêm sendo insistentemente observadas com consequências sensíveis nos ambientes do planeta, há que mitigar os impactos ambientais de origem antrópica.
38. Promover a contenção da expansão urbana predatória e especulativa, que compromete o desenvolvimento regional equilibrado e a preservação do meio ambiente, social e econômico. Em particular nas cidades pequenas do interior.
39. Para fins de pesquisa e educação, promover a liberalização responsável das leis de acesso e coleta nos ambientes ricos de diversidade biológica. A reforma dessa legislação arrasta-se há quase dez anos nos corredores do Governo, sem perspectivas positivas, retardando avanços do conhecimento na área sócio-ambiental.
40. Propiciar e defender o reconhecimento dos direitos sobre os conhecimentos tradicionais e culturais, que, nos foros internacionais, vem recebendo crescente proteção e estímulo à sua reprodução.
41. Promover a livre circulação das ideias e conhecimentos científicos, proteger o domínio público das informações. Isso é essencial quando crescem nos foros mundiais (OMC) limitações à livre circulação da informação.
42. As restrições cerceiam a produção científica e a avaliação pública de riscos e benefícios das aplicações técnicas dos conhecimentos e o acesso a medicamentos baratos. Impedem também aos países pobres o livre acesso a medicamentos genéricos baratos.
43. Garantir acesso à energia limpa e produzida com respeito aos direitos sociais e ambientais. As políticas de exploração dos potenciais hidrelétricos não têm levado desenvolvimento às suas regiões.
44. Será realizado no Rio, em
III – EDUCAÇÃO
47. É preciso aproximar os dois movimentos para que as RR, além da função de fortalecer os grupos de pesquisa, sejam autênticos laboratórios itinerantes do movimento pela educação, formação de professores e reconhecimento das diversidades culturais e sociais.
48. As RR devem também promover novas iniciativas nos estados, para o bem da educação formal e não formal, como museus, centros de ciências, jardins botânicos, planetários, oficinas de ciência e cultura, CVTs, pontos de cultura, casas verdes, programas de divulgação científica etc.
50. Manter a Sede
51. Nossas publicações devem ser apoiadas e consolidadas: Ciência & Cultura, Jornal da Ciência, JC e-mail, pagina web. Atualizar e renovar os projetos editoriais é sempre oportuna, mas é preciso obedecer a critérios de continuidade e melhoria, preservando a memória e evitando centralizações indesejáveis.
54. Preservar as competências estabelecidas, inovar com garantias de continuidade, mobilidade e representatividade, e oferecer aos sócios e amigos da SBPC espaços de expressão e divulgação de ideias, a fim de alimentar suas políticas para C&T, ambiente, educação.
55. O Jornal da Ciência, órgão da SBPC, deve ser aberto à comunidade científica e tecnológica. Seu Conselho Editorial deve nomeado pelo Conselho da SBPC, para garantir autonomia responsável e competente, bem como estabilidade em suas diretrizes editoriais.
56. Criar o Observatório de Políticas Públicas, Orçamentos de C&T, Ambiente e educação, com o SBPC Data, para reunir séries históricas de orçamentos, registrar e divulgar postos de trabalho nas universidades periféricas, monitorar as atividades sobre C&T no Congresso Nacional, acompanhar o trabalho das FAPs e prover subsídios para orientar a participação da SBPC no Conselho Nacional de C&T.
57. SBPC Memória deve dar continuidade e ampliar o programa da Sociedade, iniciado em 2004, reunindo arquivos e documentos da história da SBPC, fotografias, vídeos, registros, depoimentos de personagens que marcaram a vida da Sociedade.
58. Promover ampla descentralização das atividades e iniciativas da SBPC, colaborar com as Secretarias Regionais (SRs) na busca de recursos, para financiar atividades específicas, junto às FAPs e Secretarias de C&T, Educação e Meio Ambiente.
59. Dar às SRs papel central no apoio à fixação e consolidação de grupos de pesquisa nos estados, em especial nas universidades do interior.
61. Revitalizar as SRs como representantes da SBPC nos estados: eram 23 em 2005, hoje são realizadas eleições
63. Congregar as Sociedades Científicas para formar grupos de pressão, preservando suas especificidades e atuando conjuntamente em questões de interesse comum, particularmente no Congresso Nacional e nos Estados.
64. Promover a realização de consultas populares para avaliação de riscos, vantagens e impactos socioambientais de grandes projetos de desenvolvimento e participar delas ativamente.
V – COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
68. Programa similar deveria ser realizado na região Norte, promovendo o intercâmbio com Bolívia, Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Guianas. A SBPC pode e deve contribuir para o êxito da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). E apoiar o projeto de ampliação do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e seu acordo de cooperação com a Argentina e com outros países da América Latina.
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