segunda-feira, 6 de junho de 2011

Resultado das eleições

A Campanha SBPC em Todo o Brasil elegeu, com apoio de centenas de amigos da ciência, os seguintes nomes para a diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, biênio 2011/2013:

- Dora Fix Ventura e Ennio Candotti, como vice-presidentes;

- Edna Castro e Maria Lucia Maciel, como secretárias.

Os eleitos reiteram seu compromisso com os 70 pontos sugeridos para um Programa de Ação da SBPC.

Leia a última mensagem dos envolvidos na campanha SBPC em todo o Brasil:

"Concluídas as eleições, contados os votos, eleitos Helena, Ennio, Dora, Rute, Edna, Luca, Aleixo, Zé Raimundo e Adalberto, resta agradecer a todos os que se empenharam em apoiar os candidatos, ler programas, assinar manifestos e recordar ideias e princípios. Diretrizes, metas e compromissos não faltam, escritos ou e-postados.

Uma decepção: somente 1.500 dos 3.800 sócios quites votaram! Apesar dos numerosos apelos e dos escritos que circularam, poucos responderam.

Curioso, a SBPC é uma Sociedade que congrega seus associados em torno de ideais. Todos, em princípio, imaginamos que deveriam estar motivados a participar. Não foi isso que ocorreu.

Entender é preciso. Devemos reencontrar o diálogo com a maioria dos sócios que não expressou seu voto. É mais um compromisso para o próximo biênio.

Por outro lado, o grande número de sócios e amigos que subscreveu o nosso manifesto e o manifesto de Helena revela que temos, os eleitos, uma torcida numerosa e determinada... Que nos observará e cobrará os compromissos assumidos. Isso é bom, não deixará ninguém 'dormir no ponto' e cimentará o dialogo solidário entre os eleitos."

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cum grano salis

Leia a mensagem de Luiz Pinguelli Rosa, candidato a presidente da SBPC:

Concluímos nossa campanha, apresentamos ideias, propostas concretas e defendemos princípios. A própria SBPC esteve no centro do debate: sua política de C&T e suas responsabilidades sociais.

A descentralização, a sua presença em todo o Brasil orienta nosso programa. A SBPC se empenhou nas últimas décadas para que a interiorização das instituições de C&T e de Ensino Superior fosse um programa de Governo.

Queremos agora participar de sua implementação cum grano salis. Esta é uma das nossas propostas, há mais dez.

Agradecemos agora aos associados e conselheiros que nos indicaram como candidatos, aos sócios e sócias que votaram em nós (ou que estão prestes a fazê-lo) e aos mais de 400 que assinaram o nosso manifesto, assim como a todos os que debateram conosco os 70 pontos no extenso programa que publicamos neste blog (leia aqui).


Subscrevem o Programa SBPC em Todo o Brasil: Luiz Pinguelli Rosa, candidato a presidente; Dora Fix Ventura e Ennio Candotti, candidatos a vice-presidentes; Edna Castro, Gustavo Lins Ribeiro, Maria Lucia Maciel e Sérgio Bampi, candidatos a Secretários.

Pesquisadores apoiam campanha

O movimento "SBPC em Todo o Brasil" já recebeu centenas de manifestações de apoio. Entre aqueles que firmaram nosso documento base (leia aqui), estão:

Lygia da Veiga Pereira
Carlos Morel
Roberto Lent
Carlos Nelson Coutinho
Maria da Conceição Tavares
Hélgio Trindade
José Vicente Tavares dos Santos
Aloísio Teixeira
Darcy Fontoura de Almeida
Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant'Anna
Barbara Freitag Rouanet
Reinaldo Guimarães
Luís Roberto Cardoso de Oliveira
Alfredo Tiomno Tolmasquim
Ima Vieira
Marilene Correa
Alberto Passos Guimarães Filho
Cesar Guimarães
Maria Celia Pires Costa
Dulce Pandolfi
Alzira Alves de Abreu
José Sergio Leite Lopes
Miriam Grossi
Rita Mesquita
Heloisa Buarque de Hollanda
Sidarta Ribeiro
Stevens Rehen
Luiz Bevilacqua
Mauricio Tiomno Tolmasquim
Maria Filomena Gregori
Ligia Bahia
Alfredo Wagner de Almeida
Wanderley de Souza
Armenio Aguiar
Ruben Aldrovandi

Apoie também a campanha:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=20112013

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Descentralizar é o futuro que pode começar hoje

Descentralização, já

Estamos concluindo nossa campanha, que apresentou ideias e propostas concretas. Esperamos ter contribuído para debater a própria SBPC, seus rumos políticos e suas responsabilidades científicas e sociais.

Foi uma jornada digna com objetivos claros. A descentralização não é apenas um lema, uma opção. É uma necessidade indispensável, um imperativo urgente. Fazemos votos para que a descentralização seja a grande vitoriosa.

Queremos uma SBPC que abrace, movimente e dignifique o Brasil inteiro, promovendo a ciência, a informação, o conhecimento, a cultura e a educação em todos os recantos.

Esperamos alcançar nossas metas, lutando por uma SBPC mais democrática, mais abrangente, mais presente e mais dinâmica.

É o que almejam, também, os mais de 390 cientistas e amigos da ciência que firmaram nosso manifesto por uma SBPC em todo o Brasil.

Descentralização, já
Venha conosco!

Luiz Pinguelli Rosa – candidato a presidente
Dora Fix Ventura – candidata a vice-presidente
Ennio Candotti – candidato a vice-presidente
Edna Castro – candidata a Secretária
Gustavo Lins Ribeiro – candidato a Secretário
Maria Lucia Maciel – candidata a Secretaria
Sérgio Bampi – candidato a Secretário

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Carta de Apoio ao veto dado pela Presidente Dilma às mudanças no Código Florestal

"Ontem, Luiz Pinguelli Rosa, secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), do qual Dilma é presidente, enviou uma carta a ela em que encoraja o veto ao texto. Pinguelli, que também é diretor da Coppe/UFRJ, argumenta que as previsões da nova lei ameaçam o compromisso que o Brasil assumiu de reduzir as emissões de gases-estufa em até 39%, até 2020, com relação às emissões previstas para esta data.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira da Ciência (ABC) se uniram para pedir mais tempo para que dados cientifícos corroborem mudanças na atual lei. Elas afirmaram que não foram convidadas a participar do debate, iniciado em 2010, na comissão montada para elaborar um projeto de lei."

* Trecho da matéria publicada no Jornal O Globo, 20/05/2011, por Catarina Alencastro


Confira abaixo a carta na íntegra

terça-feira, 24 de maio de 2011

A SBPC internacional

Leia a mensagem de José Monserrat Filho, candidato ao Conselho pelo Rio de Janeiro:

Nosso planeta é uma casquinha de noz, atolada entre insanidades e esperanças.

E muita gente, pública e privada, insiste em tratar o contraditório planeta como se fosse de ferro, infinito, normal, responsável e pudesse suportar toda a insensatez humana. Acontece que esse vasto mundão velho de guerra, cada vez mais mundinho, nunca esteve tão a perigo na história da nossa espécie quanto está hoje. A saída, onde está a saída?, berram corações e mentes.

Edgar Morin acaba de lançar um livro, tratando de buscar “a via capaz de salvar a humanidade dos desastres que a ameaçam”. Para mostrar otimismo já de cara, recorre a Patrick Viveret: “A humanidade por si própria é, ao mesmo tempo, seu pior inimigo e sua melhor chance”.

Não é sorte, portanto, nem fé, nem certeza. É apenas chance. Creio que Morin está certo: “A gigantesca crise planetária é a crise da humanidade que não chega a ascender à humanidade”. E o que é pior: “Os bárbaros, inimigos da humanidade, estão hoje em atividade eruptiva”. E eles não são necessariamente fundamentalistas apenas do Oriente Médio. Há fundamentalistas ainda mais poderosos no proclamado Ocidente democrático e/ou na decantada civilização judaico-cristã.

Mesmo assim, ou por isso mesmo, ainda temos chance. É um alívio, sim. Mas vamos ter que ralar muito para aproveitá-la ainda em tempo.

A SBPC, comprometida com a inteligência humana, a ciência e o conhecimento expresso em diferentes culturas, não pode ficar alheia a um momento crucial da vida da Terra com toda essa riqueza de culturas, tradições, avanços e potencialidades que há dentro de sua invejável redoma de solos, subsolos, biodiversidades e atmosfera, aparentemente única no universo.

Há, pois, que pensar grande – política, econômica, científica, cultural e ambientalmente. Nossa condenação é, ao mesmo tempo, nossa salvação.

Não se trata de trocar o Brasil pelo mundo, mas de colocar o Brasil no mundo e o mundo no Brasil, sempre e cada vez mais, e respeitando invariavelmente “o laço indissolúvel entre a unidade e a diversidade humana”, como bem recomenda Morin.

Não é assim que se galga um piso superior de humanidade?

Precisamos nos tornar uma bela e competente coleção de sopros e até de minuanos, se possível, reforçando os ventos das mudanças globais indispensáveis, sobretudo no acesso ao conhecimento pelo mundo inteiro. E pela aplicação da Carta das Nações Unidas que, por exemplo, proíbe o uso da força para resolver qualquer litígio entre os países.

Quantos milhões de vidas as desigualdades, discriminações, injustiças e arbitrariedades já destroçaram em todos os meridianos nos últimos 20 anos, para não ir mais longe?

Podemos e devemos desenvolver ampla política de cooperação regional e global, pacífica e construtiva. Nossa congênere nos EUA, a American Association for the Advancement of Science (AAAS), vem trabalhando com a diplomacia da ciência. Por que não estabelecer uma colaboração SBPC-AAAS neste campo de tolerância, compreensão e equidade?

A SBPC já tem grata experiência nas relações regionais. Nos anos 70, enfrentou a questão nuclear, junto com físicos argentinos. Nos anos 80, antecipou-se aos acordos Brasil-Argentina, aproximando as comunidades científicas dos dois países e ajudando a criação em Buenos Aires da “Ciencia Hoy”, coirmã da nossa “Ciência Hoje”.

Em 2004, começamos os Encontros Regionais “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), na área do Mercosul, mais o Chile. Já houve cinco: dois na Argentina, dois no Uruguai e um no Brasil. Todos estimulando a cooperação em pesquisas de interesse comum em pós-graduação, biotecnologias, nanotecnologias, águas subterrâneas, oceanos, geologia, divulgação científica, ciências sociais, atividades espaciais.

Um dos grandes resultados de tais eventos foi a criação do Centro Brasileiro-Argentino de Nanotecnologia, proposta pelo Celso Melo (ex-diretor do CNPq e hoje presidente da Sociedade Brasileira de Física) já no primeiro evento, o de 2004.

O 6º Encontro deve realizar-se na Argentina, no fim do corrente ano. Que assim seja.

Se a experiência foi tão boa, por que não fazer o mesmo na região Norte, promovendo intercâmbios com Bolívia, Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Guianas e até a Guiana francesa?

Por que não participar ativamente do esforço pioneiro da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), estrategicamente sediada em Foz do Iguaçu, e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), novo instrumento para alavancar a aliança continental?

Por que não apoiar fortemente a moderização do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e seu acordo de cooperação com a Argentina, aberto a todos os países da América Latina?

Por que não apoiar o Programa Latino-Americano de Física, lançado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), com o prometido amparo do Ministério da Ciência e Tecnologia?

Por que não apoiar a cooperação Sul/Sul em CT&I, em especial com China, Índia, África do Sul e demais países africanos – em particular com os de língua portuguesa. Por que não manter contatos com os pesquisadores e tecnólogos desses países, em nível de comunidade?

Por que não propor e levar adiante programas de cooperação com entidades similares dos EUA, Europa e Ásia, que fomentem e enriqueçam as relações entre nossos países em áreas essenciais para o nosso avanço em CT&I?

Por que não entrar de cabeça na epopeia, já iniciada, da internacionalização da atividade científica e tecnológica do Brasil, conscientes e ativos na defesa dos legítimos interesses do país?

Por que não apoiar com firmeza a entrada no Brasil na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) e na Organização Europeia de Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral (ESO), que com certeza mudarão o patamar da ciência feita em nosso país?

Claro, não é fácil implementar tamanha programação. Por isso, precisamos, aqui também, da descentralização. Podemos compor uma grande e competente equipe de relações internacionais, com grupos especializados para atender diferentes regiões do mundo. Uma possibilidade é mobilizar pesquisadores, professores e estudantes dos cursos de Relações Internacionais, Direito e Economia Internacional, que hoje proliferam em todo o país.

Seria uma novíssima frente de trabalho, plena de atualidade, estudos, tensões e práticas sem precedentes, em perfeita sintonia com a intensíssima globalização atual e com as derradeiras oportunidades de transformações neste decisivo século XXI – justo aquele que nos tocou viver.

Vamos perder uma chance dessas?

Com toda essa esperança, subscrevo o manifesto “SBPC em todo o Brasil, por mais ciência, educação e cultura”, ao lado de Luiz Pinguelli Rosa, candidato a Presidente; Dora Ventura e Ennio Candotti, candidatos a Vice-Presidente; Maria Lucia Maciel, Edna Castro, Sergio Bampi e Gustavo Lins Ribeiro, candidatos aos cargos da Secretaria.

Campanha SBPC em Todo o Brasil

O Manifesto SBPC em todo o Brasil, por mais Ciência, Educação e Cultura, que reúne as principais ideias defendidas pelos candidatos à diretoria da SBPC, já conta com mais de 300 assinaturas.

Além delas, manifestaram pessoalmente ao prof. Luiz Pinguelli Rosa apoio à candidatura à SBPC os seguintes nomes:

José Goldemberg - USP
Rogério Cerqueira Leite - UNICAMP
Wanderley de Souza - UFRJ
Nelson Maculan - COPPE/UFRJ
Luiz Bevilaqua - COPPE/UFRJ

Para assinar o manifesto, clique aqui.

Mande também seu apoio via e-mail: sbpcemtodobrasil@gmail.com

"Ameaça à pesquisa", artigo de Wanderley de Souza, professor da UFRJ (O Globo, 21/5)

Clique no texto para ampliar

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Conhecimento como bem público

Leia mensagem de Maria Lucia Maciel, indicada pelo Conselho como candidata a cargo de secretaria:

Mais ciência, educação e cultura para todos significa que, além de produzir mais e melhor ciência, precisamos lutar para que haja maior acesso à informação e ao conhecimento científico e tecnológico.

A circulação social de informação científica e maior atenção ao ensino de ciências –dentro e fora das escolas – contribuem, no médio e longo prazos, ao aumento da própria produção de ciência assim como à formação de novas gerações de cientistas. Conhecimento que circula gera conhecimento novo.

O alcance da circulação e do acesso diz respeito a problemas que precisam ser amplamente discutidos e resolvidos. Entre outros:

Divulgação da ciência – É preciso fazer pressão para que os jornais, revistas, televisão e rádio abram espaço maior para a ciência produzida no Brasil e no mundo, incluindo processos, controvérsias e contextos da sua produção.

Controvérsias e polêmicas têm conseqüências práticas de alta relevância: a utilização dos organismos trangênicos na agricultura, o emprego de animais clonados na pecuária, o uso de células-tronco na medicina, a retomada das usinas nucleares, a transposição do rio São Francisco, a interrupção (ou redução) do desmatamento, o ensino da Teoria da Evolução na rede escolar, a continuidade das linhas de pesquisa em biomedicina e biologia experimental, os riscos implícitos nas nanotecnologias, o Código Florestal, para citar apenas alguns.

A distribuição do conhecimento e a redução das desigualdades sociais são hoje aspectos reciprocamente necessários e indispensáveis ao desenvolvimento. Inclusão social, econômica e política, bem como a consciência cidadã, dependem hoje em dia, em grande parte, de conhecimento científico suficiente para entender e avaliar, com capacidade de apreciação crítica, as interferências da ciência e da tecnologia tanto na vida quotidiana quanto nas contradições do contexto social, político e econômico do país e do mundo.

Como disse Ennio Candotti, a ciência “deve ser de domínio público para que se possa verificar sua validade, riscos e benefícios”.

Valorização pelas agências – A SBPC deverá pressionar as agências financiadoras brasileiras (CNPq, Capes, FAPs, etc.) para que estimulem os cientistas a divulgar para o grande público, por todos os canais e meios possíveis, os resultados de suas pesquisas.

Atualmente, as agências governamentais que apóiam a pesquisa científica no Brasil adotam critérios e mecanismos rigorosos para a avaliação e apoio aos pesquisadores do país, sendo o principal deles a produção científica. Mas só é valorizada a produção publicada em periódicos científicos altamente especializados, preferencialmente estrangeiros.

O resultado é uma corrida cada vez mais acirrada em direção a publicações cada vez mais especializadas – e portanto a um público cada vez menor.

É necessário rever os mecanismos de avaliação, colocando como critério para análise de projetos e pesquisadores a divulgação para um público amplo dos resultados da pesquisa; e incluindo nos formulários de coleta de informações e currículos um item sobre divulgação científica que valorize essa produção.

Propriedade intelectual e acesso livre – Este é outro aspecto, bastante complexo, da circulação do conhecimento científico a ser discutido nas esferas governamentais e em meios de comunicação. A SBPC deverá participar ativamente dessa discussão e apoiar a circulação do conhecimento científico.

Coloca-se aqui o desafio da desconcentração do conhecimento, tanto entre países quanto entre regiões.

Devem ser considerados:

1) as alternativas hoje em debate para a flexibilização do atual regime internacional de proteção de direitos de propriedade intelectual (DPI);

2) acesso à literatura científica internacional e à visibilidade internacional da produção científica e tecnológica dos países em desenvolvimento;

3) novas práticas e formas de cooperação técnico-científica interpessoais e interinstitucionais que contribuem para romper as barreiras à circulação desse conhecimento.

Contra os diversos mecanismos nacionais e internacionais implementados para a privatização do conhecimento, este deve continuar sendo um bem público – para todos.

Subscrevo o manifesto “SBPC em todo o Brasil por mais ciência, educação e cultura”, juntamente com Luiz Pinguelli Rosa (candidato a presidente), Dora Fix Ventura e Ennio Candotti (vice-presidentes), e Edna Castro, Gustavo Lins Ribeiro e Sergio Bampi, candidatos aos postos de Secretaria.

domingo, 22 de maio de 2011

SBPC e a internacionalização da ciência

Leia a mensagem de Dora Fix Ventura, candidata a vice-presidente:

Caros amigos,

A presença da SBPC na luta pelo progresso científico em nosso país é histórica, presente e inquestionável. Com um passado de defesa do desenvolvimento científico e tecnológico, a SBPC fala em nome dos cientistas brasileiros e é ouvida pelos poderes constituídos e pela sociedade em geral.

É tempo de ampliar essa presença nacional para o âmbito regional, pela associação com sociedades congêneres, especialmente as dos países vizinhos, cujos problemas e metas em muito se assemelham aos nossos. A SBPC se fortalece ao atravessar as fronteiras e unir sua voz à dos cientistas vizinhos.

Uma das realizações mais relevantes de nossa atuação anterior na SBPC, ao lado da importante criação das Reuniões Regionais, foi a interação com os cientistas de países da região latino-americana. Com o nome de “Ciencia, Tecnologia e Sociedade”, organizamos quatro encontros da SBPC em conjunto com associações congêneres da Argentina, Uruguai e Chile, dois deles em Buenos Aires, um em Montevidéu e um em Porto Alegre.

Nesses encontros foram abordados temas escolhidos pelos participantes por sua grande relevância para os países envolvidos, como: biotecnologia, energia, geologia, matemática, metrologia e certificação de qualidade, nanotecnologias, desenho industrial, propriedade intelectual e patentes, recursos aquáticos, tecnologia para a saúde, neurobiologia, ciências sociais, tecnologias de informação e comunicação, popularização da C&T, museus de ciência, biodiversidade, ensino de ciências.

Os resultados destas reuniões foram tanto ações governamentais bilaterais, estimulando a colaboração entre as comunidades científicas desses países, como o resgate para nós mesmos de vínculos suspensos pelas turbulências políticas vividas pelos países sul-americanos.

Novos intercâmbios ocorreram e colaborações antigas retornaram renovadas, encontrando lugar num outro cenário, em que é imperativo para a região unirmos esforços para ajuda mútua e para uma presença internacional mais significativa.

É parte importante da nossa agenda para a SBPC a internacionalização das discussões sobre política científica e gestão de C&T.

Juntos nessa e nas demais propostas veiculadas pelo programa SBPC em Todo o Brasil, contamos com seu voto.

Subscrevem o Programa SBPC em Todo o Brasil os candidatos: Luiz Pinguelli Rosa (presidente), Dora Fix Ventura e Ennio Candotti (vice-presidentes), e os candidatos a secretários Edna Castro, Gustavo Lins Ribeiro, Maria Lucia Maciel e Sergio Bampi.

SBPC e Educação

Leia mensagem de apoio à campanha SBPC em todo o Brasil:

"Caros colegas:

Escrevo para explicitar, no blog, meu apoio à candidatura à chapa "Por mais Ciência, Educação e Cultura" à Diretoria da SBPC. Faço isto porque acredito que a Sociedade tem um papel fundamental a cumprir na elevação da qualidade da educação no Brasil e para a construção de uma educação pública para TODOS NÓS e não apenas para os FILHOS DOS OUTROS.

Para isto, é preciso que a própria SBPC reafirme a convicção que o papel da educação pública não é apenas, nem fundamentalmente, formar mão de obra. Para isto, estrategicamente, o discurso sobre educação da SBPC teria, também, que ser pautado mais pelas Sociedades Científicas e Movimentos Sociais da Educação e menos pela ABC e pelo Movimento Todos pela Educação.

Espero, com muita convicção, que a nossa chapa avance nestes desafios.

Abraços do

Prof. Luciano Mendes de Faria Filho
Professor de História da Educação da UFMG
Coordenador do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil - 1822/2022
(www.fae.ufmg.br/pensareducacao)
Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação
Bolsista do CNPq"


Deixe também sua mensagem de apoio: sbpcemtodobrasil@gmail.com

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Descentralizar é o centro

Leia o texto de Ennio Candotti, candidato (*) à vice-presidência da SBPC:

As Secretarias Regionais da SBPC ativas eram 23, hoje são bem menos. Em apenas dez delas realizam-se eleições. A SBPC deveria estar presente em todos os Estados – são 27. Não está. Será que falta interesse dos sócios nos diferentes estados pelos destinos locais da ciência, educação e meio ambiente, ou falta interesse da Diretoria em instalar lá representações da Sociedade?

A pergunta acompanha a SBPC, desde sempre. A reforma dos Estatutos em 1980 determinou que as eleições para o Conselho fossem realizadas regionalmente, pois eram até então nacionais. Limitou os mandatos a quatro anos, não permitindo a reeleição dos Conselheiros.

Descentralizar, participar da construção das instituições científicas em todos os Estados é um compromisso. O Brasil precisa de ciência e educação em toda parte. Quanto mais afastadas do Centro Sul, tanto mais necessárias. Basta lembrar que o nosso ensino superior público atende a 10% dos jovens a quem deveria atender. No interior, as carências são ainda maiores.

Os avanços da ciência e da técnica são impressionantes, mas ainda contribuem pouco para aliviar a fadiga da maioria dos brasileiros. Nossos laboratórios naturais ainda clamam por mais estudo. A Amazônia, suas gentes, florestas, águas e aquíferos, o mar e sua plataforma e manguezais, a caatinga, o cerrado e o Pantanal, os pampas...

Há grandes questões nacionais que também exigem respostas da SBPC: como fazer ciência em um país ainda tolhido aos jovens, onde a maioria dos cidadãos não têm respeitados seus direitos fundamentais? De qual educação para todos estaríamos falando? As oportunidades oferecidas aos cidadãos mais novos são de fato igualmente ponderadas?

As respostas, se as queremos, devemos buscá-las localmente. Os princípios são os mesmos, mas os exemplos e as soluções são diferentes, em cada estado ou município. Como diferentes são as histórias e as culturas de cada região e território.

A Constituição de 88 consagrou o princípio da descentralização das ações de Governo. Em ciência, o Artigo 218 permite destinar recursos vinculados para a pesquisa científica nos Estados. Florestan Fernandes, então deputado, e Alberto Carvalho da Silva, presidente da FAPESP, foram campeões nesta jornada. Coube à SBPC e às Sociedades Científicas mobilizar a comunidade nos Estados para transformar a determinação constitucional em dispositivos das Constituições Estaduais.

Nada trivial...O projeto de Constituição Estadual de São Paulo amanheceu certo dia sem a vinculação de recursos para a FAPESP!...Era 1991...

A campanha foi bem sucedida. Vinte e três Secretarias Regionais da SBPC, e a Diretoria com elas, estavam mobilizadas. Mais difícil foi, porém, nos anos seguintes, fazer com que as porcentagens das arrecadações estaduais fossem efetivamente destinadas às FAPs, qualificadas e autônomas... Essa batalha ainda está longe de terminar.

Não se pode negar, no entanto, que nestes 20 anos o orçamento para fomento de C&T nacional quintuplicou, graças também aos aportes estaduais! Longe de terminar porque, em sua maioria, os Governos dos Estados não depositam o que devem. Menos da metade chega ao fomento.

E não chegará inteiro sem cobrança, pressão, denúncia, articulação. Missões para a SBPC, suas Secretarias Regionais e a Diretoria. O mesmo vale para o Congresso Nacional e orçamento da Nação!

Todos os anos, repete-se a ladainha, corte e contingência nos fundos da ciência! Sejam eles setoriais ou cardeais. Todos os anos renova-se a resistência, a SBPC à frente. A construção das instituições científicas, assim como o respeito à diversidade cultural, devem ser objeto de cuidados especiais, contínuos.

Não é diferente do que ocorre com a educação. Um passado escravagista ainda paira sobre nós. Os ambientes também pedem atenção, desde os tempos de José Bonifácio, e toda vigilância é local.

Há outros desafios que os crescentes investimentos em educação básica e superior, tanto reclamados, mesmo que ainda modestos, exigem da SBPC: foram criados novas universidades públicas, institutos de ensino superior, campi das universidades no interior, e isso é positivo. Povoá-los com laboratórios, docentes e pesquisadores é ação complexa. Levará muitos anos, muita discussão e paciência para chegarmos às metas desejadas. Sem criar a falsa oposição entre instituições consolidadas e as que vão sendo criadas.

São milhares de concursos para os alunos que estamos formando, o presente e futuro de centenas de milhares de estudantes estão em pauta.

Adotamos até agora uma política de “laissez faire”, de deixar a decisão sobre quem contratar, e para que área, à autonomia dos departamentos. É hora de traçar diretrizes mais amplas, juntos com eles, com as Sociedades Científicas e os órgãos de fomento, que orientem e acompanhem a criação de grupos de pesquisa nos diferentes centros. De modo que se integrem na cooperação científica nacional e alcancem a maturidade com maior velocidade.

São bons exemplos de ação regional. Há outros: quando se criaram as FAPs, era corrente dizer que a próxima fadiga seria criar museus e centros de ciências em todos os municípios, para popularizar nossos conhecimentos na comunidade e nas escolas.

Os Centros e Museus, Jardins Botânicos e Planetários se multiplicaram, certo. Eram 10, são 200. Mas precisamos de 3 mil, pelo menos. Temos mais de 5 mil municípios. A Semana Nacional da Ciência vem apontando, ano após ano, este imenso interesse. Cabe a nós e às Secretarias Regionais adicionar fermento nesse movimento.

Vale lembrar que mais de um milhão de cidadãos tem participado a cada ano das atividades organizadas pelo MCT junto com os Centros de Ciências, a SBPC, torcedores e divulgadores de ciência, escolas, universidades, Sociedades Científicas e Secretarias de C&T dos Estados, por toda parte!

Lembramos, por fim, que o progresso da ciência deve sempre responder à dupla exigência de consistência e valores próprios das instituições científicas: a ciência tem valor mesmo sem aplicação imediata e deve ser de domínio público para que se possa verificar sua validade, riscos e benefícios. E deve também zelar por princípios éticos que defendam de modo intransigente os direitos humanos fundamentais.

Daí que a cooperação e o diálogo com os movimentos sociais são imprescindíveis tanto no nível nacional como no regional. Esse compromisso imperativo foi e deve continuar sendo da SBPC.

Subscrevo o manifesto “SBPC em todo o Brasil, por mais ciência, educação e cultura” juntamente com Luiz Pinguelli Rosa (candidato a Presidente), Dora Ventura (Vice-Presidente), Maria Lucia Maciel, Edna Castro, Sergio Bampi e Gustavo Lins Ribeiro, candidatos aos postos de Secretaria.

(*) Ennio Candotti foi indicado como candidato por cem sócios da SBPC. Veja aqui a relação.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SBPC deve assumir o debate dos grandes problemas brasileiros

Leia texto de Luiz Pinguelli Rosa, candidato à presidência da SBPC:

O grande desafio da ciência brasileira é avançar no conhecimento, posicionando-se na fronteira. Precisamos nos ombrear com o que está sendo feito no mundo inteiro, porque a ciência é internacionalizada. Ao mesmo tempo, essa produção de conhecimento precisa estar sintonizada com os interesses do país.

O Brasil tem uma dívida social imensa. Mesmo com o inegável avanço dos últimos anos, quando conseguimos retirar da pobreza extrema cerca de 30 milhões de brasileiros, há ainda muitos milhões de brasileiros em situação precária. Mesmo esses 30 milhões que saíram da pobreza estão em situação diferente daquela da grande classe média da região Sudeste, da região Sul.

De meu ponto de vista, portanto, a ciência tem de atentar para a questão de como avançar no conhecimento colocando-o ao mesmo tempo a serviço do país e, particularmente, de sua população mais pobre.

Hoje o Brasil está se especializando na produção de produtos primários. Exportamos soja, exportamos minério de ferro e alguns poucos produtos industrializados – aviões da Embraer, veículos automotores etc. Enquanto isso, países como a Coréia do Sul e principalmente a China, que estavam em situação igual ou pior que a do Brasil há poucas décadas, hoje estão se industrializando rapidamente, fabricando produtos de alto valor agregado com conteúdo tecnológico, formando muitos milhões de engenheiros.

Já o Brasil não seguiu esse caminho. Houve uma bifurcação histórica e que nós não conseguimos ainda resolver: como o Brasil pode passar a produzir bens de mais alto valor agregado, que exigem qualificação profissional melhor. Produzir bens desse tipo significa gerar empregos de alto nível e aumentar a renda da população.

Na última Reunião Anual da Academia Brasileira de Ciências, em maio último, nas exposições dos ministros Aloísio Mercadante, Fernando Haddad e do presidente da Capes, nosso colega acadêmico Jorge Guimarães, debatemos que há um déficit de engenheiros no Brasil. Na conta de engenheiros por mil habitantes, estamos muito atrás (como eu falei) da Coréia e da China, por exemplo.

Mas o problema não é só esse. É preciso cuidar da educação como um todo. O pior da educação é o nível fundamental. Entre aqueles que entram no primeiro ano do ensino fundamental – predominantemente público – e os que entram na universidade há um afunilamento terrível. Aí está uma das maiores injustiças do Brasil: o péssimo nível do ensino fundamental.

A meu ver a SBPC deve atuar em torno de três grandes eixos: a ciência – e junto dela a tecnologia e a inovação –, a educação e o meio ambiente, que sem dúvida nenhuma é um problema importantíssimo para o Brasil. Nosso país tem de equacionar a questão do meio ambiente e ao mesmo tempo retirar essa grande camada da população da extrema pobreza. Todos nós brasileiros merecemos o mesmo nível de vida. A SBPC tem que orientar esse debate.

Fui apresentado pelo Conselho como candidato e aceitei porque acho que se deve estimular o debate, ampliando o papel da SBPC nos grandes temas nacionais que estão colocados. Respeito a Helena Nader – presidente da SBPC desde fevereiro de 2011 e candidata a novo mandato – até mesmo porque ela veio da gestão do Marco Antônio Raupp, que me apoia e eu considero uma pessoa extremamente importante para a SBPC e com quem tenho grande identidade de pontos de vista. Mas acho que é necessário debater mais essas questões que apontei.

Participei muito das campanhas e atividades da SBPC na sua história. Fui secretário-geral da Sociedade Brasileira de Física por dois mandatos – um deles com o José Goldemberg [presidente da Sociedade Brasileira de Física de 1975 a 1979] e outro com o Mário Schenberg [1914-1990, presidente da Sociedade Brasileira de Física entre 1979 e 1981], Goldemberg presidiu depois a SBPC em um momento de intenso debate sobre o Acordo Nuclear com a Alemanha. Schenberg é considerado por muitos um dos fundadores da física teórica mais importantes do Brasil, e que foi inclusive personagem histórico da esquerda brasileira.

Vivi naquele tempo a transformação da SBPC – como também da Sociedade Brasileira de Física – na direção de assumir os grandes temas nacionais, que eram ligados basicamente à resistência à ditadura. É claro que os problemas hoje são outros, são mais diversificados. Há, por exemplo, o Código Florestal – tema sobre o qual a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências não poderiam ter deixado de se manifestar. Mas eu acho que se tem de ir muito mais adiante.

O grande problema do país não é mais a resistência a alguma coisa, mas sim a construção de um novo projeto de país. Avançamos muito, mas há ainda muitas questões em aberto, há muito que ser feito nas questões transversais, como ciência, tecnologia e inovação, educação e meio ambiente. Em síntese, penso que a SBPC deve assumir abertamente o debate dos grandes temas nacionais a partir dessas questões.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

70 desafios à SBPC

Conheça, a seguir, um conjunto de propostas para um Programa de Ação da SBPC, nas áreas de C&T, Meio Ambiente, Educação, Cooperação Internacional e questões internas.

70 pontos para um Programa de Ação da SBPC
para discutir, melhorar e aplicar

1. Promover a responsabilidade nacional e social da SBPC e sua presença em todos os estados.

2. Apoiar a criação e consolidação de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e instituições de ensino superior nas diferentes regiões, bem como promover o intercâmbio e a cooperação entre eles.

3. Em colaboração com as Sociedades Científicas, dar aos jovens condições para, ao se instalarem nestes novos centros, criarem grupos de pesquisa e trabalharem para o desenvolvimento científico e tecnológico nacional e regional.

4. Defender a criação ou consolidação das FAPs; apoiar a participação da comunidade científica em seus Conselhos e Comitês, monitorar seu desempenho e efetivo desembolso das dotações orçamentárias que lhes são devidas.

5. Incentivar a pesquisa nos laboratórios ambientais da sócio e biodiversidade, rios, lagos, florestas e oceanos.

6. Reformar a legislação e liberalizar o acesso e coleta na biodiversidade com vistas a permitir e incentivar o avanço do conhecimento e da educação ambiental.

7. Lutar pela autonomia e desburocratização na universidade e institutos.

8. Ampliar a formação de professores e a abertura das escolas à sociedade, promovendo educação continuada de adultos e cidadãos.

9. Promover Reuniões Regionais, entendidas como laboratórios de educação, e colher informações para dar apoio à fixação dos jovens doutores e grupos de pesquisa no interior.

10. Popularização da ciência: promover a criação de museus e centros de ciência, programas de TV e rádio e revistas de divulgação científica, Jardins Botânicos e Parques Zoobotânicos.

11. Consolidar as publicações da Sociedade: Ciência e Cultura, Jornal da Ciência eletrônico e impresso no Rio e filiais, manter atualizado o site www.sbpcnet.org.br, a publicação de cadernos sobre temas específicos e resumos dos debates das Reuniões Anuais.

12. Obedecer a princípios éticos dos direitos humanos e o respeito à diversidade, cultural e social.

13. Reerguer as Secretarias Regionais com a participação dos conselheiros, promovendo com elas a articulação das atividades da SBPC nos Estados e a interlocução com os movimentos sociais.

14. Manter uma representação permanente no Congresso e uma atuação dinâmica no Conselho Nacional de C&T, subsidiadas por escritório de apoio em Brasília.

15. Criar um Observatório da C&T e um SBPC Data, com a missão de monitorar orçamentos da C&T, FAPs, empregos em instituições de ensino superior, cooperação nacional e internacional, atuação e cooperação das Sociedades Científicas.

16. Retomar e ampliar o Projeto memória da SBPC e da institucionalização da ciência no Brasil.

17. Promover a cooperação com as Sociedades Científicas na Reunião Anual e nas Reuniões Regionais.

18. Estimular a cooperação com China, Índia, Rússia, América Latina, África etc. e sociedades científicas congêneres destes países.

I – C&T

19. A SBPC deve promover o diálogo com a sociedade e os movimentos sociais. Esse foro de entendimento ganhou credibilidade em anos de lutas e coerência política em defesa da democracia e dos interesses populares.

20. Os recursos cresceram, a economia cresceu também, verifica-se hoje ligeiro retrocesso: os ajustes orçamentários da economia exigem sacrifícios, o orçamento da C&T foi reduzido.

21. Com o reequilíbrio da economia, será preciso retomar as negociações do orçamento nos níveis previstos para 2011. Os programas cancelados (por conta dos cortes) devem ser examinados, evitando-se reduções lineares.

22. Preservar o propósito de atingir a meta dos 2% do PIB para C&T, pois há atrasos históricos a recuperar e a competição internacional o exige.

23. Três fatores, pelo menos, contribuem para desenvolver o país: a) consolidação das instituições científicas; b) formação acelerada de recursos humanos na graduação e pós-graduação; c) desburocratização do ordenamento administrativo do governo.

24. O desenvolvimento depende também de entendimento social que propicie educação, distribuição de renda e defenda com rigor os princípios dos direitos humanos, em todos os níveis e classes sociais.

25. A graduação da Universidade deve receber maior atenção, avaliação e qualidade de modo que a idade média de formação especializada (pós-graduação) pode diminuir de 27-28 a 24-25 anos.

26. Indicadores internacionais e locais da C&T mostram crescimento veloz da produção científica e tecnológica, mas os da educação estão estagnados em patamares modestos (vergonhosos).

27. É difícil encontrar formas de contornar os obstáculos que impedem o desenvolvimento da educação (além dos salários e da formação de professores). Faltam instrumentos estaduais flexíveis e seletivos para o fomento da educação (que é responsabilidade estadual), como FAPs e CAPES para a educação básica (A CAPES do B ainda não disse a que veio).

28. Há que reformar a ordem burocrática, que na área acadêmica e científica mais se assemelha a um sistema de vigilância e cerceamento, tanto nas universidades como nos institutos.

29. A interiorização das instituições de ciência, tecnologia e educação superior tem sido promovida de modo acelerado. É preciso agora dar boas condições de trabalho aos jovens que vêm ocupando os postos abertos nestas instituições.

30. Grande número de novos pesquisadores, recém-formados e doutorados, devem construir sólidas bases de desenvolvimento científico e tecnológico nas regiões situadas fora dos pólos de desenvolvimento científico no centro sul.

31. A SBPC deve propiciar a eles atenção, apoio e cooperação com os grandes centros, por meio de reuniões especiais, programas de visitas e intercâmbio, grupos de trabalho e redes de cooperação com as Sociedades Científicas.

32. As FAPs são um bom instrumento para promover estabilidade e continuidade dos programas de desenvolvimento científico nos estados. Sua autonomia deve ser defendida.

33. As FAPs e os orçamentos carecem de acompanhamento e divulgação e mobilizações em defesa do cumprimento dos dispositivos constitucionais conquistados em início dos anos 90 com a inclusão nas Constituintes estaduais de dispositivos que garantem a elas repasses vinculados de recursos.

34. Fundos Setoriais: há dez anos não se criam novos fundos. Já foram propostos os fundos do sistema financeiro, transportes urbanos, saneamento, recursos aquáticos (considerando a água como insumo mineral e energético), automotivo, ocupação urbana, construção civil.

II – MEIO AMBIENTE

35. O cuidado com o meio ambiente deve ser associado à melhoria da qualidade de vida da população local. Deve-se evitar que ações de origem antrópica provoquem a deterioração dos ambientes, do ar e das águas interiores, subterrâneas e oceânicas.

36. Considerando que mudanças climáticas vêm sendo insistentemente observadas com consequências sensíveis nos ambientes do planeta, há que mitigar os impactos ambientais de origem antrópica.

37. A preservação das florestas, de suas comunidades e das águas que as alimentam deve ser meta prioritária de qualquer programa de uma sociedade científica que respeite a diversidade social, cultural, os direitos humanos e o equilíbrio ambiental.

38. Promover a contenção da expansão urbana predatória e especulativa, que compromete o desenvolvimento regional equilibrado e a preservação do meio ambiente, social e econômico. Em particular nas cidades pequenas do interior.

39. Para fins de pesquisa e educação, promover a liberalização responsável das leis de acesso e coleta nos ambientes ricos de diversidade biológica. A reforma dessa legislação arrasta-se há quase dez anos nos corredores do Governo, sem perspectivas positivas, retardando avanços do conhecimento na área sócio-ambiental.

40. Propiciar e defender o reconhecimento dos direitos sobre os conhecimentos tradicionais e culturais, que, nos foros internacionais, vem recebendo crescente proteção e estímulo à sua reprodução.

41. Promover a livre circulação das ideias e conhecimentos científicos, proteger o domínio público das informações. Isso é essencial quando crescem nos foros mundiais (OMC) limitações à livre circulação da informação.

42. As restrições cerceiam a produção científica e a avaliação pública de riscos e benefícios das aplicações técnicas dos conhecimentos e o acesso a medicamentos baratos. Impedem também aos países pobres o livre acesso a medicamentos genéricos baratos.

43. Garantir acesso à energia limpa e produzida com respeito aos direitos sociais e ambientais. As políticas de exploração dos potenciais hidrelétricos não têm levado desenvolvimento às suas regiões.

44. Será realizado no Rio, em 2012, a Rio + 20, balanço dos avanços e retrocessos das políticas socioambientais das últimas décadas, após a Conferência do Rio de 1992. Como em 1992, a SBPC e Sociedades Cientificas devem promover um fórum de debates, uma agenda cientifica e social – se possível, antes da Conferência – para subsidiar as políticas a serem propostas pelas delegações oficiais.

III – EDUCAÇÃO

45. A SBPC criou nos últimos anos um GT que promove com êxito a aproximação das diferentes instituições favoráveis à educação de melhor qualidade, com formação continuada, melhores salários para os professores e condições de infraestrutura das escolas. Este GT deve ser fortalecido em sua mobilidade e iniciativas e contar com o apoio do Observatório (ver ponto 56) para monitoramento de informações sobre as políticas públicas em C&T, meio ambiente e educação da Sociedade.

46. A SBPC realiza periodicamente, desde 2003, de três a quatro Reuniões Regionais (RR) por ano, para promover a educação, reconhecer dificuldades e facilidades, contribuir para fixar pesquisadores e grupos de pesquisa nos centros do interior.

47. É preciso aproximar os dois movimentos para que as RR, além da função de fortalecer os grupos de pesquisa, sejam autênticos laboratórios itinerantes do movimento pela educação, formação de professores e reconhecimento das diversidades culturais e sociais.

48. As RR devem também promover novas iniciativas nos estados, para o bem da educação formal e não formal, como museus, centros de ciências, jardins botânicos, planetários, oficinas de ciência e cultura, CVTs, pontos de cultura, casas verdes, programas de divulgação científica etc.

49. A educação deve respeitar os valores culturais regionais e nacionais. Os textos escolares devem evitar a excessiva uniformização dos sistemas e exemplos tratados, preservando a valorização da diversidade cultural regional e dos contextos sociais e ambientais.

IV – SBPC

50. Manter a Sede em São Paulo, na rua Maria Antônia, em prédio que abrigou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP, tanto pelo seu valor histórico, quanto como símbolo da luta contra a ditadura e também como Centro onde ilustres sócios e dirigentes da SBPC ensinaram e articularam, nos anos 50 e 60, os movimentos, que, com a participação da SBPC, promoveram nova etapa de desenvolvimento científico e cultural no país e a criação de novas instituições e universidades, como a de Brasília (UnB).

51. Nossas publicações devem ser apoiadas e consolidadas: Ciência & Cultura, Jornal da Ciência, JC e-mail, pagina web. Atualizar e renovar os projetos editoriais é sempre oportuna, mas é preciso obedecer a critérios de continuidade e melhoria, preservando a memória e evitando centralizações indesejáveis.

52. A sede do JC, que, em recente e açodada decisão, a Diretoria resolvera deslocar para SP, deve permanecer no Rio. Manifesto com mais de 150 firmas mostrou o equívoco e persuadiu a Diretoria a mudar de decisão. A história de 25 anos de funcionamento do JC junto com a Ciência Hoje, no Campus da UFRJ, próximo das facilidades que o CBPF tem oferecido, devem pesar nas resoluções que visem atualizar o projeto do Jornal da Ciência e do JC e-mail. (Clique para ler a carta aberta sobre o JC com suas 140 assinaturas.)

53. A criação de Sucursais em Brasília, São Paulo e correspondentes em diferentes estados é um primeiro e oportuno passo para a expansão do projeto JC. Sua viabilização financeira, no entanto, deve ser ponderada com o devido cuidado para preservar sua autonomia.

54. Preservar as competências estabelecidas, inovar com garantias de continuidade, mobilidade e representatividade, e oferecer aos sócios e amigos da SBPC espaços de expressão e divulgação de ideias, a fim de alimentar suas políticas para C&T, ambiente, educação.

55. O Jornal da Ciência, órgão da SBPC, deve ser aberto à comunidade científica e tecnológica. Seu Conselho Editorial deve nomeado pelo Conselho da SBPC, para garantir autonomia responsável e competente, bem como estabilidade em suas diretrizes editoriais.

56. Criar o Observatório de Políticas Públicas, Orçamentos de C&T, Ambiente e educação, com o SBPC Data, para reunir séries históricas de orçamentos, registrar e divulgar postos de trabalho nas universidades periféricas, monitorar as atividades sobre C&T no Congresso Nacional, acompanhar o trabalho das FAPs e prover subsídios para orientar a participação da SBPC no Conselho Nacional de C&T.

57. SBPC Memória deve dar continuidade e ampliar o programa da Sociedade, iniciado em 2004, reunindo arquivos e documentos da história da SBPC, fotografias, vídeos, registros, depoimentos de personagens que marcaram a vida da Sociedade.

58. Promover ampla descentralização das atividades e iniciativas da SBPC, colaborar com as Secretarias Regionais (SRs) na busca de recursos, para financiar atividades específicas, junto às FAPs e Secretarias de C&T, Educação e Meio Ambiente.

59. Dar às SRs papel central no apoio à fixação e consolidação de grupos de pesquisa nos estados, em especial nas universidades do interior.

60. A SBPC deve ser representada nos Estados pelos Secretários Regionais, e não apenas por sua Diretoria. A eles cabe abrir canais de comunicação da SBPC local com os movimentos sociais e as políticas públicas dos Governos Estaduais, e destes com a própria SBPC Nacional.

61. Revitalizar as SRs como representantes da SBPC nos estados: eram 23 em 2005, hoje são realizadas eleições em dez. O número caiu muito. São funções das SRs: colaborar com as Sociedades Científicas na divulgação dos concursos nas Universidades e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia; monitorar as FAPs, promover a divulgação científica, a criação de Museus e Centros de Ciências, Zoológicos e Jardins Botânicos, Planetários, Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs); apoiar o movimento pela educação, colaborar na realização de Olimpíadas de Ciências, Matemática, Astronomia, Letras e outras.

62. A inovação industrial e a inovação social são partes do próprio desenvolvimento tecnológico e científico. Cabe associar aos processos de promoção da inovação a pergunta: inovação para que e para quem? Há que discutir os meios e fins que se deseja usar para atingir o desenvolvimento industrial ou social. Propiciar a participação dos interlocutores desses processos é missão da SBPC, essencial para o êxito de tais empreendimentos, em particular, na área das tecnologias de inovação no campo social.

63. Congregar as Sociedades Científicas para formar grupos de pressão, preservando suas especificidades e atuando conjuntamente em questões de interesse comum, particularmente no Congresso Nacional e nos Estados.

64. Promover a realização de consultas populares para avaliação de riscos, vantagens e impactos socioambientais de grandes projetos de desenvolvimento e participar delas ativamente.

65. A C&T ganhou dimensões no Governo federal que há dez anos não existiam. A posição da SBPC é particular: foi protagonista das políticas que orientaram tal evolução. Coube, ontem, à SBPC preservar o espaço plural de debate. Cabe-lhe, hoje, consolidar este crescimento e orientá-lo de modo socialmente responsável.

66. A SBPC é sociedade aberta; aceita como sócios tanto cientistas como não cientistas, estudantes e educadores, profissionais de todas as áreas do conhecimento. Isso a difere das sociedades fechadas, em que os associados são eleitos pelos próprios membros (Academia) ou das sociedades especializadas (Física, Química etc.). Por isso, a SBPC tem responsabilidades científicas especializadas e também outras, de caráter interdisciplinar, social, ético e cultural.

V – COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

67. A SBPC realiza, desde 2004, Encontros Regionais “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), na área do Mercosul. Já houve dois na Argentina, dois no Uruguai e um no Brasil, promovendo cooperação e delineando agendas de pesquisas comuns sobre águas subterrâneas, oceanos, geologia, biotecnologias, nanotecnologias, divulgação científica, ciências sociais, cooperação espacial e cooperação em pós-graduação. O próximo Encontro CTS deve ter lugar na Argentina, em fins de 2011.

68. Programa similar deveria ser realizado na região Norte, promovendo o intercâmbio com Bolívia, Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Guianas. A SBPC pode e deve contribuir para o êxito da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). E apoiar o projeto de ampliação do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e seu acordo de cooperação com a Argentina e com outros países da América Latina.

69. A SBPC deve apoiar também o fomento à cooperação Sul-Sul em C&T, em especial com China, Índia, África do Sul, bem como os países africanos, em particular, com de língua portuguesa. Há que estudar a possibilidade de criar e manter canais de intercâmbio com equipes especializadas desses países e grupos de trabalho (GTs) dedicados a temas específicos de cooperação.

70. A SBPC deve dar seu apoio aos programas de cooperação com instituições norte-americanas, europeias e asiáticas que enriqueçam nossos quadros de pesquisadores e técnicos, nossa competência em áreas de ponta e nossa infraestrutura em C&T. Bons exemplos neste sentido são o Fermilab, a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), a Organização Europeia de Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral (ESO), além de outras.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Manifesto SBPC em todo o Brasil, por mais ciência, educação e cultura


Precisamos ampliar a responsabilidade nacional e social da SBPC e sua presença em todo o país.

Os desafios de hoje requerem uma SBPC forte e criativa no Brasil inteiro, de norte a sul, de leste a oeste, sem ressalvas, com intensa participação de cientistas, pesquisadores, engenheiros, pós-graduandos, técnicos, profissionais, especialistas e de todos os amigos do conhecimento científico e tecnológico.

A SBPC pode e deve incrementar muito mais o debate e o diálogo com a comunidade científica e tecnológica de todos os recantos do país e com os movimentos sociais organizados.

Urge descentralizar as atividades e programas da SBPC, com ativa participação do Conselho, dando força às Secretarias Regionais para que se tornem atores proativos e importantes em cada estado.

Há tarefas urgentes a discutir e pôr em prática:

1) Conquistar a mais alta prioridade para C&T e Educação nas políticas públicas e nas decisões concretas dos Governos federal e estaduais, com plena participação e responsabilidade do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas;


2) Defender permanentemente o aumento contínuo dos orçamentos para C&T nos níveis federal e estadual, junto com a meta dos 2% do PIB para C&T até 2015, opondo-se a cada proposta de corte;


3) Lutar pela ampliação do número de vagas para docentes nas universidades federais e estaduais e pela melhoria da infraestrutura em todas as universidades, públicas e privadas;

4) Apoiar uma visão larga e abrangente da inovação, para promover tanto o desenvolvimento produtivo quanto o social;

5) Propor a criação de novos Fundos Setoriais para financiar o avanço da C&T e da educação em todos os níveis;

6) Fortalecer e ampliar o campo de atuação do Grupo de Trabalho (GT) da SBPC empenhado na mobilização nacional por uma educação de qualidade em todos os níveis e em todo o país;

7) Criar GT para discutir as posições da SBPC frente às questões cruciais relacionadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável;

8) Promover a criação pelo Brasil afora de Museus, Centros e Clubes de Ciência e Cultura, Planetários, Jardins Botânicos e Zoológicos, Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs);

9) Apoiar as Olimpíadas de Matemática, Biologia, Física, Ciências e Letras, para que ajudem a elevar a qualidade da educação no país;

10) Participar dos preparativos da Conferência das Nações Unidas Rio+20, fomentando a divulgação e a democratização do debate dos temas ambientais nacionais e globais, em especial aqueles vitais para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Apoiar também os preparativos do Fórum Mundial da Ciência, a realizar-se no Rio de Janeiro, em 2013;

11) Resgatar o papel da cooperação internacional da SBPC, retomando os encontros “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, já realizados na Argentina, Uruguai e Brasil, bem como lançando pontes para a UNASUL (União das Nações Latino-Americanas) e para instituições de C&T africanas, a começar pela África do Sul.

Vamos juntos para uma nova etapa de lutas da velha e boa SBPC de todos os tempos.

Luiz Pinguelli Rosa, candidato a Presidente

Ennio Candotti e Dora Fix Ventura, candidatos a Vice-Presidentes

Edna Castro, Gustavo Lins Ribeiro, Maria Lucia Maciel e Sergio Bampi, candidatos a Secretários

Por mais ciência, educação e cultura

Caros amigos da C&T e educação,

Este blog reúne as ideias de alguns dos candidatos à diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para o biênio 2011-2013. Nele você vai conhecer as propostas destes candidatos para fortalecer ainda mais a SBPC e aumentar sua representatividade em todo país, em favor de mais ciência, educação e cultura para todos.

Aproveitem para enviar sugestões e considerações para o email sbpcemtodobrasil@gmail.com. E lembrem-se: as eleições na SBPC terminam no dia 1º de junho.